Deficiência Intelectual

Deficiência Intelectual

Deficiência Intelectual é a limitação do sistema funcional mental. De acordo com a Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR, 1992),

 

Deficiência Intelectual ou Deficiência Mental (DM – como não é mais chamada) é o estado de redução notável do funcionamento intelectual, significativamente abaixo da média, oriundo no período de desenvolvimento, e associado à limitações de pelo menos dois aspectos do funcionamento adaptativo ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade em comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.

 

Dentre as diversas deficiências intelectuais estão: Síndrome de Down; Síndrome do X-Frágil; Síndrome de Angelman; Síndrome do Cri Du Chat; Síndrome de Prader-Willi; Síndrome Williams; e erros inatos do metabolismo.

Baseado no quantitativo de síndromes, percebe-se o quão importante é a ação da educação inclusiva afim de atender às crianças e aos jovens com este tipo de deficiência, assim como é preciso que os educadores estejam bem preparados para que possam enfrentar todos os desafios que esta realidade trouxer. Acredita-se que, dessa maneira, há bastante possibilidade de enfrentar os desafios de uma educação aos deficientes intelectuais com mais eficácia.

Este projeto de pesquisa é baseado nas teorias de Lev Semyonovich Vygotsky, pois é um teórico conceituado na área da inclusão, além de um nome importante referente à deficiência intelectual, assunto no qual tratará este presente projeto.

Vygotsky deixou contribuições importantes sobre a educação de pessoas com necessidades especiais e sobre a inclusão, desfazendo mitos em relação a esses indivíduos e fazendo com que educadores tenham uma nova visão para o aprendizado e desenvolvimento dos mesmos.

Vygotsky (1998) traz uma importante colocação referente à educação. Ele nos traz o conceito de que a escola tem um papel importante de orientar os alunos com deficiência intelectual, trazendo os mesmos para o mais próximo à normalidade e eliminando tudo aquilo acentua suas dificuldades no seu processo de aprendizagem. Ele afirma que o princípio fundamental de todo o trabalho da educação é garantir o maior aproveitamento possível das potencialidades dos indivíduos dentro da vida coletiva em sociedade, sendo possível, dessa forma, que àqueles com deficiência mental, encontrem condições de aprendizagem e de formação de suas funções internas podendo, assim, desenvolver seu lado multilateral. 

Esse importante teórico afirma que não se pode acabar com a deficiência através da eliminação de sua causa ou dos fenômenos ligados a ela, mas que se podem amenizar as suas limitações através da estimulação constante dentro da educação social.

Ainda de acordo com as teorias de Vygotsky, não se pode esperar que a criança tenha um desenvolvimento uniforme e gradual, pois no processo de aprendizagem em crianças com atraso mental é preciso que se desenvolva a concepção de mundo, para que as mesmas possam ter uma consciência do que é a vida e de tudo aquilo que é fundamental na vida do homem.

Vygotsky defende que os métodos gerais da educação social devem encontrar uma maneira de interligar a pedagogia especial com a pedagogia da infância normal, fazendo com que haja integração entre as mesmas, para atender de forma eficaz os educandos com deficiência intelectual.

 

 OBJETIVOS

 

Trazer o conhecimento a respeito do que se trata a Deficiência Intelectual (ou Deficiência Mental)

Compreender porque a maioria dos professores apresentam dificuldades em lecionar com educandos com necessidades educacionais especiais em classes regulares,

Mais precisamente falando em deficiências intelectuais,  entender quais as dificuldades enfrentadas pelos professores em lecionar com alunos que possuem esse tipo de deficiência em classes regulares.

Trazer informações de quais as possíveis formas e soluções para a problemática de incluir esses educandos em classes regulares

 Fazer com que alunos com deficiências intelectuais sejam condicionados a desenvolver suas atividades, potencialidades e aprendizagem. 

Auxiliar no entendimento do papel dos professores na busca pela inclusão desses educandos em classes regulares.

Direcionar as instituições de ensino para a inclusão desses alunos

Falar da importância de uma política educacional eficaz para a inclusão dos portadores de deficiência intelectual nas classes regulares

 

2.1 OBJETIVO ESPECIFICO

 

Comprovar que a maioria dos educandos possuem dificuldades em lecionar com alunos que possuem deficiências intelectuais em classes regulares e como a ação da educação inclusiva, uma política educacional eficaz e, professores e instituições bem preparados são importantes para a inclusão e a boa aprendizagem desses educandos em salas de aula regulares.

 

JUSTIFICATIVA

Este presente projeto de pesquisa tem importância ao apresentar os obstáculos que os profissionais da educação têm ao se depararem com alunos que possuem deficiências intelectuais em suas salas de aula e a importância que educadores, bem formados e preparados, têm na atuação da inclusão desses alunos em salas de aula regulares.

A inclusão de pessoas com deficiência intelectual no âmbito escolar é uma problemática. Isso porque incluir essas pessoas não é só colocá-las em sociedade e na escola, mas sim, fazer com que esses indivíduos sejam condicionados a ser aptos em suas tarefas sociais, desenvolvendo suas potencialidades de forma parcial e/ou integral.

Diante desta problemática, pode-se ver que este tema é mais amplo do que se pode imaginar, pois, tanto os professores como as instituições de ensino, devem se adequar para receber esses alunos, que podem ser inseridos em classes regulares, mas que necessitam de uma atenção especial em sua aprendizagem, sendo que na maioria das vezes isto é uma realidade muito distante.

Os professores e as instituições de ensino precisam estar cientes que as deficiências de seus educandos são condições e necessidades que a escola precisa atender.

Diante das pesquisas realizadas e das informações que foram obtidas neste projeto, chega-se a conclusão de que, este processo de inclusão dos alunos que tem necessidades especiais em escolas de ensino regular tem crescido nos últimos anos e para que o processo de aprendizagem tenha sucesso é necessário que a escola disponibilize recursos, como também qualificação aos profissionais educadores para que os mesmos possam realizar seu trabalho alcançando todos os seus alunos. Para que haja uma inclusão verdadeiramente, o ambiente escolar necessita de adaptações, formação continuada dos professores. A realidade enfrentada pelos professores, tem sido muito difícil observadas as condições inadequadas para que haja uma aprendizagem efetiva para esses alunos, logo muitas dificuldades surgem e ganham grandes proporções nas escolas de ensino regular com alunos com necessidades especiais. Deve- se dar o suporte, orientação e acompanhamento para as famílias, no entanto a inclusão vem ocorrendo de maneira em que não um planejamento especifico para atender esses alunos.

Com isso, podemos perceber que apenas a graduação em nível superior não tem sido o suficiente para lecionar para esses educandos, pois a mesma não oferece conhecimento suficiente para a atuação com esse alunado, isso justifica-se pelo fato das disciplinas sobre educação especial ofertadas pelos cursos, não possuir uma carga horária suficiente e nem disciplinas mais específicas.

 

 REVISÃO DE LITERATURA SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

 

Falar sobre inclusão é uma questão em pauta nos cursos de Pedagogia e na atualidade.

Dentre os pesquisadores estudados para a elaboração desse projeto de projeto de pesquisa, foram selecionados a Daísy Cléia Oliveira dos Santos, a Márcia Denise Plestch, o Allan Damasceno, a Rosana Glat e o Mário Lúcio de Lima Nogueira.

A pesquisadora Daísy (2012) defende em seu artigo que as diferenças humanas são naturais e que dessa forma a educação escolar tem de atender a todos, mesmo que para isso tenha a necessidade de adaptar a estrutura escolar e as práticas de ensino a cada criança. Nesse contexto, em um processo histórico, surgiu a Educação Inclusiva, que tem o objetivo de fazer com que os educadores se preocupem em atuar de forma eficaz diante de alunos com necessidades educacionais especiais, para que os mesmos desenvolvam suas capacidades cognitivas e sociais.

Segundo Daísy, de acordo com as Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394, de 1996) mesmo que o aluno com deficiência intelectual tenha a apreensão de conteúdos limitada, há a possibilidade do desenvolvimento de suas potencialidades.

Para a pesquisadora, há a necessidade de um ensino especializado junto aos alunos com deficiência intelectual e que deve envolver benefícios que vão além dos conteúdos curriculares, tendo em vista o desenvolvimento desses indivíduos e seus ganhos educacionais.

Já os pesquisadores Márcia Denise Plestch e Allan Damasceno defendem em seu artigo que para que a escola possa avançar no processo de inclusão educacional dos alunos com deficiência intelectual é preciso a utilização de um referencial de avaliação e um bom acompanhamento de seu desempenho escolar, enfatizando seu potencial de aprendizagem.

O artigo dos pesquisadores Rosana Glat e Mário Lúcio de Lima Nogueira também contribuiu grandiosamente para a composição desse presente projeto de pesquisa. Eles afirmam que a integração e inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema de ensino é a questão da Educação Especial mais discutida no Brasil nas últimas décadas. Em seu artigo, relatam que existem várias barreiras para que a política de inclusão seja posta em prática nas escolas, mas de todas elas a que mais influencia é o despreparo dos professores de classes regulares em receber alunos com dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento e com deficiências. Estes pesquisadores citam o artigo 59 da LDB em seu artigo, que explica que as crianças com necessidades especiais necessitam de um atendimento especializado para que haja um ensino de qualidade na educação inclusiva e que tenham profissionais da educação com um dos dois tipos de formação: professores do ensino regular que tenham o mínimo de conhecimento e prática com alunos que possuem necessidades especiais; ou professores que sejam especialistas nas diversas necessidades educacionais especiais existentes.

Ainda em seu artigo, esses pesquisadores afirmam que para que haja a inclusão aos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino, não diz respeito só à permanência desses indivíduos aos demais alunos das classes regulares, mas, também, numa reorganização do sistema educacional, com a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais, buscando possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos.

De forma geral, todos os pesquisadores aqui apresentados defendem a inclusão desses alunos com necessidades especiais em classes regulares, independente de qual for a necessidade, incluindo a deficiência intelectual, mesmo que ainda a inclusão e preparação dos professores para lidar com esses alunos em classes regulares sejam uma problemática.

Foi de grande importância e contribuição conceitual ler os artigos destes pesquisadores, pois eles contribuíram na elaboração deste projeto, de forma a se relacionar diretamente com o tema e explicar quais as possíveis soluções para a melhoria da educação inclusiva, tanto para o melhor desempenho do professor, quanto dos educandos com deficiências intelectuais.

 

5.0 METODOLOGIA 

 

Metodologicamente este projeto de pesquisa será feito através de uma pesquisa de campo, mais precisamente um estudo de caso.

A metodologia utilizada pautou-se em pesquisas feitas através do estudo detalhado sobre a deficiência intelectual. Essa pesquisa será feita em instituições de ensino especializadas para crianças com deficiências intelectuais e também nas turmas de educação infantil e do ensino fundamental I e II do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (ISEPAM), com o intuito de mostrar como é a relação entre docentes e alunos com deficiência intelectual em classes regulares e como estes discentes são inclusos e integrados a estas turmas de ensino regular.

 

 CRONOGRAMA

O projeto de pesquisa terá a seguinte estrutura: 

Primeiramente será exposta a definição de deficiência intelectual com o objetivo de descrevê-la e explicá-la para que sejam entendidas quais as limitações cognitivas e de aprendizagem que pessoas com este tipo de deficiência apresentam e principalmente as necessidades educacionais que elas possuem.

Com base neste relato sobre a deficiência intelectual, será explicado o porque da maioria das instituições de ensino e dos profissionais da educação, mais precisamente os docentes, possuem dificuldades em incluir e integrar esses educandos em classes regulares, e quais as possíveis soluções para as dificuldades desses educadores em lecionar com esses alunos especiais; e também, como fazer com que os alunos com deficiências intelectuais sejam condicionados a desenvolver suas atividades, potencialidades e aprendizagem.

Para a coleta de dados deste projeto, será feita uma pesquisa de campo, do tipo estudo de caso, pois o projeto será desenvolvido de forma a explicar o porquê da maioria dos docentes em lidar com alunos com necessidades especiais, mais especificamente com deficiências intelectuais, em classes regulares.

É uma pesquisa profunda e detalhada sobre como os docentes possuem dificuldades em lidar com esses alunos com base nas observações feitas nos lugares, já ditos um pouco acima, onde as pesquisas serão realizadas.

Depois serão apresentadas as possíveis soluções para esta problemática da educação inclusiva.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

AMPUDIA, Ricardo. O que é deficiência intelectual? Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/271/o-que-e-deficiencia-intelectual>  Acesso em: 05 de setembro de 2018.

GLAT, Rosana; NOGUEIRA, Mário Lúcio de Lima. POLÍTICAS EDUCACIONAIS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL. Rio de Janeiro, 2003.

LUCKASSON, R. Mental retardion: definition, classification and systems of supports. 9ª ed. Washington, AAMR, 1992.

PLESTCH, Márcia Denise; DAMASCENO, Allan. Educação especial e inclusão escolar: reflexões sobre o fazer pedagógico. Rio de Janeiro, 2011.

SANTOS, Daísy Cléia de Oliveira. Potenciais, dificuldades e facilidades de alunos com deficiência intelectual. Educação e Pesquisa, vol. 38, nº 4. São Paulo, 2012.

VYGOTSKY, Lev Semyonovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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